sábado, 2 de maio de 2009

OFICINA DE PRODUÇÃO TEXTUAL











IMPRESSÕES ACERCA DA PARTICIPAÇÃO DA MESA "A VOZ DOS ESTUDANTES" - PODER ESCOLAR 2008

Poder escolar, uma ótima experiência.

Seria apenas mais um dia de aula normal, mas não foi. A diferença foi que assistimos a um documentário, o qual falava sobre a educação nas escolas de outros estados e da vontade dos alunos que têm apenas a escola em suas vidas. Ele me causou um forte impacto e uma grande reflexão, pois aqui nós temos escolas boas e ainda assim achamos “chato” ir à escola e lá, com escolas em situações precárias, vê-se muito mais entusiasmo da parte deles.
Algumas semanas depois, após uma aula de Português com a professora Marion, ela me chamou, e eu achando que seria alguma chamada de atenção ou algum “puxão de orelha” fiquei surpreso e muito contente com o que ouvi. Naquele momento, ela tinha acabado de me convidar a participar do 8º Poder Escolar, foi quando percebi que teria uma oportunidade de me expressar e ter algumas dúvidas esclarecidas. A partir desse dia, começou minha preparação oral e psicológica para o grande dia, pois eu nunca imaginaria que um dia teria coragem de falar perante 1,7 mil pessoas.
No dia do Poder Escolar já acordei com um sentimento diferente, como se fosse um nervosismo misturado com alegria e confiança. Quando cheguei em frente ao imenso Guarani, com um grande movimento, fiquei imaginando como seria e como eu me sentiria quando chamassem pelo meu nome, mas infelizmente não tive essa sensação, pois acidentalmente meu nome e de outros alunos não estavam na lista. Quando foi resolvido o problema rapidamente, por sinal, eu pensei “é agora ou nunca”, então tomei um “gole” de coragem e subi no palco. Em cima do palco e sentado à mesa com um professor e alguns alunos, vi o Guarani inteiro, lotado, com olhos voltados somente para nós. Esse foi um momento que nunca esquecerei, acho que fiquei vermelho de tanta vergonha. Quando começaram as perguntas dos alunos, eu fiquei muito nervoso, e enquanto via os outros alunos se pronunciando, eu imaginava como seria minha vez de falar. Quando ela chegou, fiquei com medo de engasgar, gaguejar, ou que desse algo errado, mas graças a Deus, deu tudo certo. Li minha pergunta no papel trêmulo de tanto nervosismo e, logo após, eu a vi ser respondida claramente. A partir daí, fiquei mais aliviado, pois foi muita conversa de igual para igual, todos expressando sua opinião. No final um abraço e um aperto de mão dos componentes da mesa e um sentimento de compreensão.
Adorei ter participado do 8º Poder Escolar, pois, repito que, me senti compreendido e aliviado, e isso me causou um grande bem, o de ser ouvido.
Agradeço muito pela oportunidade que a professora Marion me concedeu e agradeço a compreensão do professor que estava conosco à mesa.

Gustavo Mazza– 8ª série – 18B
Escola Dr. Joaquim Assumpção
REFLEXÕES ACERCA DA PRÁTICA EDUCATIVA

Marion Rodrigues Dariz
E.M.E.F.Dr. Joaquim Assumpção

Atualmente, o sistema educacional brasileiro vive uma de suas piores crises, e isso se deve, em grande parte, a falhas na comunicação, a desvios de teorias, métodos e técnicas implantados durante as inúmeras mudanças empreendidas nas últimas décadas. Um triste fato comprova isso. Segundo Zagury¹ (2006), ao final da 4ª série do Ensino Fundamental, com quatro anos de escolarização, mais da metade dos alunos continua mal sabendo ler e fazer cálculos matemáticos básicos, e cerca de 40% dos alunos concluem a 8ª série praticamente analfabetos e sem o domínio dos instrumentos mínimos necessários para conseguir um emprego de contínuo.
Percebe-se, com base nesses dados, que inúmeros são os desafios da contemporaneidade e que exigem mais criatividade, mais dinamismo e mais reflexão daqueles que trabalham com educação. Reflexão da prática educativa a qual pode ser compreendida como princípio edificador de mudanças. Foi nesse sentido que nos propusemos a refletir a prática pedagógica realizada com alunos de 8ª série do Ensino Fundamental, na Escola Dr. Joaquim Assumpção, na cidade de Pelotas – RS.
O público-alvo dessa prática educativa foram jovens, em sua maioria, entre 13 e 14 anos. As características da turma não diferem muito de grande parte da nova geração juvenil, que apresenta expectativas, “clama” por mudanças, está em busca de seu espaço. E nada melhor que o processo educativo para incentivá-la a exercer sua cidadania, construindo relações democráticas e solidárias, ou seja, um conjunto de condições necessárias ao seu engajamento político e social, contribuindo para um aumento na motivação, na tentativa de superação. Por isso, torna-se imprescindível a prática dos alunos e suas ações em sala de aula e na sociedade.
Entendemos, com base no trabalho desenvolvido com os educandos supracitados, nas reflexões e nos debates que muitos são os fatores que envolvem o corpo docente, afetando de modo direto o processo ensino-aprendizagem. Há uma falha de comunicação entre as partes.
Com o espaço proporcionado pelo 8º Poder Escolar, tive a oportunidade de desenvolver um trabalho ímpar com esses alunos. Foi nesse momento que eles expuseram seus dilemas, suas frustrações..., foi a oportunidade de ouvi-los e poder compartilhar os momentos bons e os ruins. Nessa ocasião, verifiquei que é hora de considerar o novo perfil do educando e, sobretudo, tornar a construção do conhecimento um processo pró-ativo, cujo resultado seja significativo.
Por meio dele, procurei refletir sobre e inovar minha ação enquanto professor e educador, detectando problemas e falhas, procurando aperfeiçoá-la, para, com isto, atingir o meu principal propósito, pois como afirma Foucault “os professores têm necessariamente que refletir sobre a sua prática pedagógica, pois sem isso não há mudança possível em educação.”
Infelizmente, também constatei, com esse trabalho, um fato chocante: a crise das instituições de ensino - as quais cada vez mais perdem credibilidade, seja por ações equivocadas, como pela falta de participação dos envolvidos nestas, ou pela conjugação das duas. Nesse aspecto, a escola surge como uma instituição desacreditada a qual alunos freqüentam as aulas por exigência da família e não por uma perspectiva própria, o que acarreta muitos problemas de interação em sala de aula.

GÊNERO TEXTUAL - ARTIGO

O meio ambiente e a produção de carne

Indubitavelmente, a produção excessiva de carne no Brasil constitui-se um fator prejudicial ao meio ambiente, porque há a devastação da Floresta Amazônica a fim de ampliar o espaço para a criação de animais, a poluição do ar e dos rios vem aumentando significativamente assim como a fome.
O desmatamento vem acentuando-se cada vez mais com o objetivo de dar espaço para a criação exagerada de gado e aves. Isso é prejudicial ao meio ambiente, uma vez que a terra sendo pisoteada constantemente torna-se improdutiva.
Ficando o solo infértil, o cultivo de alimentos como cereais diminui contribuindo para o aumento da fome no mundo, pois o pouco que é cultivado é utilizado na alimentação dos animais, e somente o que sobra fica para o consumo humano.
Além disso, devido as flatulências e os arrotos emitidos pelos animais, a poluição aumenta gradativamente, pois ocorre a liberação do gás metano que pode ser mais prejudicial ao meio ambiente que o gás carbônico, prejudicando, assim, a camada de ozônio.
Portanto, a criação de animais em nosso país e no mundo deve ser criteriosamente avaliada. A quantidade e o lugar para a criação de animais devem ser determinados de alguma forma para que tais problemas não venham a prejudicar cada vez mais o ser humano e o meio em que se vive.

Rudiere - 18B

GÊNERO TEXTUAL - CRÔNICA

Crônica sobre os “Emos”

Escutei um grupo de amigos comentar que havia batido em um menino, que escolheu ser “emo”, por simplesmente não gostar dele. E por quê?
Às vezes, escolher um ídolo diferente, uma roupa, mudar o cabelo, ser sentimental ou ter uma opção sexual diferente pode causar estranheza nas pessoas. Mas isso é preconceito e não é desconhecimento que todo o preconceito é crime.
Essas pessoas são só jovens que querem ser diferentes, não serem rotulados e nem chamar a atenção. Entretanto, tudo o que eles conseguem é ser discriminados, excluídos, por quê?
Escolher um estilo torna-se tão difícil para alguém, mudar sua vida em função disso é pior; e se existe uma pressão em torno desse jovem, fica cada vez mais difícil ele se expressar e, conseqüentemente, viver melhor.
Perseguir um ser humano pelo que ele é, é ridículo, chega a ser bizarro. Viver como se quer, desde que não interfira na vida do outro, constitui-se direito de todo cidadão.
Preconceitos não existem só para raças diferentes; infelizmente, todos já praticamos e sofremos esse mal. Então não custa nada parar e refletir sobre esse assunto. Preconceito é um mal que deve acabar
!

(Roberta – 18 B)

RESENHA DOS CONTOS GAUCHESCOS

Negro Bonifácio e uma china muito “arretada”
Negro Bonifácio é uma obra gauchesca escrita por João Simões Lopes Neto, que já escreveu vários contos, entre eles: O Mate do João Cardoso, Juca Guerra, O Contrabandista, Trezentas Onças, Jogo do Osso, entre outros. Todos eles são parte da famosa obra de cunho regional: Contos Gauchescos.O conto apresenta momentos de vingança e traições que resultam em violência e mortes.O foco narrativo do texto é em 3ª pessoa e o autor se utiliza de uma linguagem regional.A obra narra a história de uma moça que tinha vários namorados, e que parecia ser “santinha”, mas era cheia de maldade. De todos os seus namorados, o que mais ela gostava, era o Nadico. Tudo ia bem entre eles até que o ex-namorado, Negro Bonifácio, apareceu e armou-se a confusão.O negro fez um convite a Tudinha para uma carreira de cavalos, ela aceitou. Feita as apostas, Tudinha ganhou.O negro, para cumprir a promessa deu-lhe doces, mas ela recusou e o Bonifácio com o orgulho ferido, ficou furioso diante da recusa de Tudinha, afirmando que não era piá de china velha.Nadico, num ato de fúria, deu uma trouxinha na cara do Bonifácio. O negro ficou furioso e tacou-lhe a faca na barriga do Nadico, que morreu. Tudinha, enraivecida, matou o negro para se vingar.A temática mostra uma moça que se parece inocente, mas em um momento de raiva chega a matar violentamente. Essa obra é recomendada a todos os gaúchos e, principalmente, para as pessoas que agem sem medir as conseqüências.João Simões Lopes Neto, autor dessa obra, perdeu seus pais muito cedo, investiu em diversos negócios, mas não alcançou êxito em nenhum deles, uma vez que tinha como dom a escrita. Escreveu para jornais da época usando pseudônimos, pois fazia críticas à sociedade burguesa. Além de Contos Gauchescos, João Simões Lopes Neto escreveu outras obras entre elas: Casos do Romualdo e Lendas do Sul. Além disso, escreveu várias peças teatrais como "Os Bacharéis", mas, infelizmente, só teve o reconhecimento merecido como escritor, após sua morte.
Brenda Ferreira e Camila Gaertner, alunas da 8ª série, da E.M.E.F.Dr. Joaquim Assumpção.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

TRABALHOS COM OS CONTOS DE MACHADO DE ASSIS






















“Eu diria que os educadores são como velhas árvores. Possuem uma fase, um nome, uma ‘estória’ a ser contada. Habitam um mundo em que o que vale é a relação que os liga aos alunos, sendo cada aluno uma ‘entidade’ sui generis, portador de um nome, também de uma ‘estória’, sofrendo tristezas e alimentando esperanças. E a educação é algo a acontecer neste espaço invisível e denso, que se estabelece a dois. “Espaço artesanal”.
Rubem Alves
"As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos. Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos. Quero essência, minha alma tem pressa... Quero viver ao lado de gente que sabe rir dos seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade, defende a dignidade e deseja tão somente andar em paz e amor no coração. Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade, desfrutar desse amor absolutamente sem fraudes nunca será perda de tempo."
(Mário de Andrade)